Nota da Nó de Pano:
A gente por aqui tem sempre como obrigação deixar nossos clientes (Lojistas e Distribuidores) antenados com as tendências dos modelos e canais de negócios que devem ser pensados e repensados pelos nossos parceiros atuais e futuro. Mais do que vender a Nó de Pano trabalha diariamente para dar suporte e orientação a seus parceiros, pois consultivamente sabemos que não temos nenhuma condição de crescer, sem que o conjunto dos nossos parceiros estejam incluídos nesse processo.
"A administração é a arte do desenvolvimento da capacidade decisória, ou seja, deve reunir o conjunto de talentos, ter capacidade de integrá-los e estimulá-los, para que possam ter as competências de conhecer profundamente os meios e os objetivos dos negócios, compartilhando-os em equipe de forma a criar bases aprofundadas, que junto com a tecnologia, permitam surpreender seus mercados e possam dar continuidade de crescimento ao grupo, nas formas individuais e coletivas." (Sérgio Dal Sasso e Lucila Abdala)
Vejam abaixo o que está acontecendo lá fora e seus reflexos e tendências nos nossos negócios no varejo nacional (Fonte: Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&BW).
Os shopping centers e o desafio
da relevância em tempos digitais
Durante a RECon, maior evento da
indústria de shopping centers, promovido pelo ICSC (International Council of
Shopping Centers) mês passado, em Las Vegas, a imensa maioria das sessões
plenárias giravam em torno do universo digital. A convivência entre as lojas de
tijolo e cimento e os portais de venda online, as mudanças promovidas no
mercado pelos titãs da tecnologia, a importância que as redes sociais
adquiriram na vida do consumidor moderno e as novas estratégias do varejo, com
a utilizacão de canais de venda onipresentes, foram alguns dos temas
discutidos.
A obsessão dos shoppings americanos pelo
assunto não é a toa. Pesquisa divulgada pela IBM durante a convenção da
National Retail Federation, em janeiro passado, mostrou que 14% dos gastos dos
consumidores globais nas compras de final de ano foram feitos na internet. Além
disso, o fantasma do‘showrooming’ anda assustando de fato muitos varejistas -
para quem não sabe, vale dizer que ‘showrooming’ é uma expressão inventada
pelos americanos para definir o ato de ir a uma loja física, experimentar
produtos e tirar dúvidas com vendedores e depois fechar a compra por um preço
mais baixo em um website. Para quem vive das vendas de lojas, como é o caso dos
shopping centers, o cenário é, no mínimo, preocupante.
Para se ter uma ideia de como o assunto é
sério, basta dizer que Vincent Corno, Senior Vice President de Real Estate da
Saks, durante uma das sessões gerais da RECon afirmou que a tendência, na sua
opinião, é que as lojas físicas passem a vender principalmente o conceito da marca,
funcionando como uma espécie de apoio conceitual aos demais canais. Obviamente
isso afeta diretamente o modelo de negócio atual dos shopping centers, baseado
em aluguel variável, proporcional às vendas dos seus lojistas.
Ainda na RECon deste ano, a Glimcher Realty
Trust divulgou o resultado de um interessante estudo sobre a relação dos clientes de shoppings com o
e-commerce. Para começo de conversa, a pesquisa mostrou que apenas 30% das mais
de 3 mil pessoas entrevistadas eram fiéis às lojas dos shoppings. Metade da
amostra faz compras indiscriminadamente tanto nos shoppings quanto online e 20%
preferem concentrar seus gastos na internet. A investigação mostrou que a
possibilidade de provar os produtos antes de comprar é ainda o grande
diferencial das lojas de tijolo. Os centros de compra levam também vantagem em
função da variedade de marcas que reúnem e da gratificação instantânea - os
clientes valorizam bastante poder usar o que comprou no mesmo dia.
O problema para os shoppings é que os varejistas
virtuais estão investindo forte para encurtar prazos de entrega e melhorar a
experiência de compra em seus websites. E a questão da experimentação tem sido
resolvida pelo e-commerce com o tal ‘showrroming’. Para estabelecer uma
vantagem real sobre as lojas online, os shoppings precisam apostar forte em
experiências - e por isso mesmo tem crescido de importância no setor os
restaurantes, as opções de entretenimento e os serviços. Além disso, o ambiente
dos shoppings tem se alterado, para proporcionar mais conforto e segurança e
uma sensação de resgate do comércio de bairro de antigamente.
Isso tudo anda acontecendo lá fora. Aqui no
Brasil ainda estamos em um estágio preliminar. Dados da Abrasce mostram que a
finalidade principal de quem frequenta shopping em nosso país é fazer compras e
o passeio, as refeições com amigos e família e o entretenimento ainda são
coadjuvantes. Porém, uma coisa temos em comum com os americanos - cresce de
forma consistente a parcela de brasileiros que descobre a conveniência de fazer
compras pela Internet. O que significa que o risco de repetirmos o exemplo americano
de fato existe. Por isso mesmo, é bom acompanhar o que acontece por lá de perto.
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