sexta-feira, 26 de abril de 2013

Bolsas Nó de Pano - A globalização e o designer brasileiro

 
Nota:
Navegar é preciso e persistir é fundamental, afinal quem quer ser tem que visar sempre pela antecipação daquilo que os outros ainda não enxergaram. (Sérgio Dal Sasso e Lucila Abdala)
 
Abaixo artigo escrito por Manoel Alves Lima , diretor da FAL Design Estratégico para Varejo, muito oportuno para o momento.
 
A globalização e o designer brasileiro
 
No processo acelerado de globalização em que vivemos, é cada vez mais comum encontrarmos varejistas preocupados com a questão das fronteiras.  Em todo mundo vemos as empresas locais querendo levar suas operações para fora, empresas internacionais desejando se estabelecer e empresas nacionais traçando estratégias para combater os estrangeiros que pretendem invadir o seu mercado.
 
O nosso varejo tem acompanhado esta tendência, avançando e recuando, pressionando e sendo pressionado. A Associação Brasileira de Franchising identifica mais de 110 redes nacionais operando fora do Brasil ao mesmo tempo em que vemos um enxame de empresas de fora iniciando suas operações por aqui.
 
Para lutar com as mesmas armas, nossas empresas precisam se aparelhar para projetar uma imagem global, reforçando a sua identidade e dotando-a de um caráter de apelo internacional, capaz de ser entendido e apreciado por diferentes culturas.
 
Isso não quer dizer que as marcas nacionais devem abdicar de sua “brasilidade”.
Ao contrário, em um momento em que o nosso país é cada vez mais reconhecido como fonte de inspiração para design, música, cultura e cultura pop e em que os nossos produtos são admirados pelo seu conceito e qualidade, podemos e devemos nos apoiar nos nossos símbolos e na nossa iconografia.
 
Isso não é fácil, principalmente porque temos um histórico de renegar as nossas raízes, que tradicionalmente associamos ao brega e caipira. É por isso que devemos aproveitar essa nossa nova fase de alta autoestima para reverter esse cenário e reaprender a usar referências nativas nos nossos projetos.
 
Palete de cores, materiais de acabamento e até mesmo sistemas construtivos podem reconstituir elementos da nossa cultura.  Peças de artesanato e objetos decorativos com origem e inspiração nacional também são recursos interessantes. Havaianas, Osklen, Natura, O Boticário, H. Stern e Melissa são ótimos exemplos a serem seguidos. Projetos que, de maneiras diferentes, representam bem a nossa “brasilidade”, trazendo prestígio e valor para as marcas.
 
Vamos todos seguir este exemplo, embarcar nessa onda, dar a volta por cima e mostrar a nossa ginga e o nosso valor.  Pode ser o nosso maior diferencial competitivo no processo de globalização.
 
 
 
Estamos expandindo nossas atividades para novos lojistas e distribuidores! Façam parte dessa família...
 
 

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